Lugar de ensaio.
Uma sala de exposicao em uma galeria de Arte Contemporanea.
Pessoas tocam a campainha e entram para pequenas reunioes.
Radek, o Tcheco que dirige a galeria atende a todos em ingles ou holandes.
Faz cafe, da bom dia, as vezes grita em tcheco no telefone.
Chego pra ensaiar e nao troco de roupas.
Nao coloco a malha, nao deito no chao para estirar, nao faco cachorro nem solto sons que acusam a minha prontidao artistica.
Tento uma outra entrada, a de estar ali, justamente do jeito que estou, e fazer parte do dia daquela galeria com minhas 31 bonecas.
O contador de uns 70 anos faz uma pausa e vem ver.
Olha e ri.Entende tudo, mesmo.
Sao situacoes de ordem sistematica, figuras absolutamente reconheciveis, cenas de brincadeiras, de sexo, de afeicao, de danca.
E eu divido com ele baseado em constatacao recente:
Sera que os humanos so se aproximam para fazer sexo e para se agredir?
huuum....nos somos bestas afinal...so pensamos nisso, ele me responde.
1 comentários:
Será?
Eu fiquei pensando aqui se isso também não é uma análise das relações como se elas tivessem um fim em si mesmas. Sexo/agressão, fica como se a espiral do contato parasse por aí.
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