Minha conselheira Jellichje Rijnders (nao tente pronunciar seu nome porque quase nunca sai certo) odiando ser fotografada.
Jellichje e' artista visual, dramaturga, e critica especializada de artes plasticas, incluindo performance, instalacao e intervencao.
Nos conheciamos do Teatro Frascati onde ela trabalhou por muitos anos, e resolvemos trabalhar juntos para o MONO, ela funcionando como um olhar exterior, mas principalmente como elaboradora de questoes, como parceira de dialogo, compartilhando o que tem sido descoberto e apontando outros entendimentos do conceito em si e das possibilidades de leitura . Tenho aprendido muito com ela, apaixonada que e' pelos detalhes, os sutis desdobramentos de uma ideia tomando forma, as diferentes maneiras de se perceber o mundo atraves de um objeto de arte, e essa enorme vertigem de "se tornar visivel", que el atanto aponta.
Semana que vem trabalharemos os ultimos dias. Ela parte antes da mostra do MONO, para atravessar o deserto do Saara com um carro com uma cama dentro. Faz parte do seu projeto agora conseguir atravessar o deserto, ouvir o silencio e fazer da travessia um projeto em si, que se aproxima de uma performance de longa duracao, ou uma intervencao fisica e sensorial em um espaco imenso e desconhecido.
3 comentários:
que bobolog bonitoo. =)
ontem eu, elyette e o cipó estavamos falando sobre o MONO, e agora eu realmente fico muito curioso sobre a leitura que alguém que não vivência das mesmas experiências aqui no semi-árido pode fazer da obra.
beijo
Adler, obrigado pelo comentario.
Tu acha mesmo que quem vive ai no tal semi-arido nao tem sensibilidade pra "experiencia" (substituindo entender) alguma coisa?
Nao acho, e tenho medo da gente usar a situacao semi arido pra "se desculpar" entende?
O que vcs falavam do Mono?
Fico tao curioso, pq o que acho super arido mesmo e' a falata de se colocar, dialogar, interferir com uma opiniao sincera.
bjo
Nops Marcelo, eu não quis dizer que estar no nordeste me põem num lugar inferior ao nível de interpretante, ou mesmo, que eu não poderia interpretar/questionar/ de tal forma como esse novo ‘olhar’ no seu trabalho’. O que me deixa curioso é saber que tipo de leituras, entendimento, experiência sensorial, psíquica, teria a "JELLICHJE", que não compartilha muito de uma idéia que o mono se fez aqui. Na conversa de sempre... Reprodutibilidade e bla bla bla, ataque a essa nossa forma de organização quanto sociedade (seja ela patriarcal, conservadora, racista, homofobia), talvez só um nu gay. Talvez tb seja essa coisa de ver um espetáculo e entender no sentido de historinha, e não deixar cair no mesmo que ‘um olhar de fora, pq de dentro não se pode enxergar’.
É ir além... O que eu falei, e acho que não fui claro pq brinquei com o semi árido, é que pra mim deve ser interessantíssimo a "JELLICHJE" alimentar o trabalho por outras vias de entendimento que não seja a minha. E pra mim isso difere muito.
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