Pensando em Agamben e em corpos mataveis, despriorizados, corpos de segunda, terceira, a margem da margem, passando longe de qualquer dignidade de ser humano, o que diria de cidadão.
Sobrevidas, como já foi colocado, cut-out de si mesmo.
A vida desse tempo parece cada vez mais expurgar esses condenados, as vezes ainda conseguindo deixa-los maquiados, dissimulados no meio de uma sociedade de corrói como soda caustica, aniquilando qualquer possibilidade de existência emancipada.
Em meio a nossas representações cotidianas, nos palcos baratos dessa vida vã, nem mais sabemos quem somos no meio dessas tags que penduramos medrosamente no pescoço:
Somos bonitos e gostosos no chat, sérios e inteligentes em rodas de conversas, anjos e santos quando o assunto e' moral, bons costumes, ética, e nunca falhamos em sermos engraçados e divertidos so pra relaxar porque ninguém e' de ferro.
Sobrevidas, pedaços de papelão que sobram das caixas onde guardamos tao ritualisticamente nos mesmos, empacotados nesse medo assustador.
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