Mono com Cadeiras

No workshop teorico-pratico de 10 horas com artistas de Montevideo, resolvi esperimentar nas 2 ultimas horas uma transposicao do MONO.

Transposicao e' a melhor palavra que encontro agora para essa experiencia: Partir de 1 principio basico de relacao do corpo com um objeto multiplicado, na tentativa de tornar o objeto protagonista, transferir para ele a acao, seja atraves da manipulacao, do paralelismo, da relacao direta, do uso em situacao onde fale por si sobre nos seres humanos.

Trabalhei em um salao (como chamam aqui um estudio, uma sala de ensaio, e gosto muito da ideia e sonoridade de salao) onde haviam muitas cadeiras de ferro com estufados azuis, pilhas delas colocadas de lado, mas ja com essa "imagem associada" de um corpo, um individuo.

Muito bom poder tentar isso com mais de 30 pessoas e de poder ver as possibilidades que esse trabalho traz, independente de ser bom ou ruim, ser meu ou ser de quem queira, de poder ser usado para (re)conhecer outras coisas.

Fica claro que e' possivel transferir uma carga de emocao (e nao tomemos emocao com algo dramatico ou psicologico, e nem como medida de intensidade) para um objeto, se fazer ver atras, ao lado e nele.

No workshop se falou muito de apresentacao versus representacao, e a polemica rolou solta.
Por aqui ainda ha muita confusao, e falta de pratica de sintese de informacao.
Eu propus a ideia de significacao, para mediar o embate.

Lindas imagens, onde se pode ver pessoas, e a organizacao caotica, sutil, quase banal de nossos mundos.

Nas fotos Santiago ( I'm Special), Rodolfo, Adriana, Ana Paula, Andrea, Marcelo, Miguel, Mariana, Carmina, Sebastian, Monica, Leticia.

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